Introdução aos paradigmas e modelos de missão
de de Mémore Restori e Estêvão Raschietti – 27/10/2017
Dois mil anos de história se passaram e a ação evangelizadora parece ainda estar no começo (cf. RMi 1), continuamente se encarnando e se ajustando aos diversos contextos e momentos históricos. Nesse dinamismo, houve diferentes e múltiplas maneiras de entender essa missão. Por isso, hoje resulta quase impossível avalia-la historicamente, por ter sido uma realidade extremamente “rica, complexa e dinâmica” (EN 17). “Por conseguinte, nunca podemos arrogar-nos delinear a missão com extrema nitidez e autoconfiança. Em última análise, a missão permanece indefinível; ela nunca deveria ser encarcerada nos limites estreitos de nossas próprias predileções. O máximo que podemos esperar é formular algumas aproximações do que a missão significa” (BOSCH 2007, p. 26).
Nessa aparente liquidez da ação missionária, precisamos ter presente um dado de fé fundamental: o Espírito é o agente principal da Evangelização (cf. EN 75), sua presença ilumina a Igreja a discernir os “sinais dos tempos” para “relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais” (DAp 11). À luz deste elemento hermenêutico, podemos reconstruir uma história da evangelização que nos ajuda a entender melhor caminhos, resistências, avanços, recuos, deslocamentos, acontecimentos históricos como memória profética e penitencial para o presente, e como perspectiva projetual e esperançosa para o futuro.
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