Instrumento Laboris do Sínodo dos Bispos para a Amazônia
de Sínodo para Amazônia – 17/06/2019
1. No dia 15 de outubro de 2017, o Papa Francisco anunciou a convocação de um Sínodo Especial para a Amazônia, dando início a um processo de escuta sinodal que começou na própria Região Amazônica com sua visita a Puerto Maldonado (19 de janeiro de 2018). O presente Instrumentum Laboris é fruto deste vasto processo, que inclui a redação do Documento Preparatório para o Sínodo em junho de 2018; e um amplo inquérito entre as comunidades amazônicas.
2. Hoje a Igreja tem novamente a oportunidade de ser ouvinte nessa região, onde há muito em jogo. A escuta implica o reconhecimento da irrupção da Amazônia como um novo sujeito. Este novo sujeito, que não foi considerado suficientemente no contexto nacional ou mundial, nem sequer na vida da Igreja, agora constitui um interlocutor privilegiado.
3. No entanto, a escuta não é nada fácil. Por um lado, a síntese das respostas ao questionário por parte das Conferências Episcopais e das comunidades será sempre incompleta e insuficiente. Por outro, a tendência a homologar os conteúdos e as propostas requer um processo de conversão ecológica e pastoral para deixar-se interpelar seriamente pelas periferias geográficas e existenciais (cf. EG, 20). Este processo deve continuar, durante e depois do Sínodo, como um elemento central da vida futura da Igreja. A Amazônia clama por uma resposta concreta e reconciliadora.
4. O Instrumentum Laboris consta de três partes: a primeira, o ver-escutar, se intitula A voz da Amazônia, e tem a finalidade de apresentar a realidade do território e de seus povos. Na segunda parte, Ecologia integral: o clamor da terra e dos pobres, aborda-se a problemática ecológica e pastoral; e na terceira parte, Igreja profética na Amazônia: desafios e esperanças, a problemática eclesiológica e pastoral.
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