A missão ad gentes no ministério do missionário presbítero
de Estêvão Raschietti – 27/08/2015
A inquietante perspectiva ad gentes lança, logo de cara, algumas provocações para o ministério do presbítero e para a vida da Igreja no seu conjunto, pois refletir sobre seu significado é muito mais que resgatar a dimensão missionária da vocação batismal. Ad gentes, “aos povos”, tem a ver com o mandato do Senhor: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulas” (Mt 28,19). Não é um mandato qualquer e somente para alguns: é um envio fundamental que diz respeito a id entidade mais nuclear do Evangelho e da própria constituição da Igreja. Com efeito, o Reino de Deus é para todos e não só para Israel, perspectiva que custou muito aos discípulos de Jesus até chegar a assumi-la e entendê‐la. Da mesma forma, no que diz respeito aos ministros ordenados, cuja missão é universal e não restrita a um território (cf. PO 10), podemos nos perguntar: porque tão poucos presbíteros são enviados além-fronteiras por suas igrejas? Porque as exigências do mandato missionário não são parte integrante e “elemento primordial” (RMi 83) da formação presbiteral? Porque nos documentos eclesiais, nos planos de pastoral, nos cursos de capacitação, assistimos a inúmeras, constantes e intrigantes tentativas de domesticar a missão ad intra, quando ela é ad extra, por sua própria natureza?
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