Nos trilhos do Vaticano II: os desafios dos povos indígenas e a presença pastoral da Igreja Católica
de Paulo Suess – 17/09/2010
A Missão lembra um longo caminho percorrido. Hoje convoca os peregrinos para a construção de “uma Igreja autenticamente pobre, missionária e pascal” (Medellín V/15) que caminha junto aos pobres. Neles “reconhece a imagem de seu Fundador pobre e sofredor” (LG 8). Nessa caminhada, o Ressuscitado se revela como caminho novo. A caminhada é configurada por múltiplas experiências. Caminho e Missão se confundem nessas experiências inseridas na história e no dia a dia dos contextos culturais. Experiências são históricas e contextuais. Não valem para todos, nem para sempre. Têm data de vencimento. A vida cresce, o mundo se transforma e o caminho percorrido faz mudar as perspectivas. Na caminhada se cruzam muitos caminhos. A caminhada desestrutura conceitos e representações herdados. O Evangelho desestabiliza as estruturas institucionais e mentais. Faz ver “o esplendor de Deus, que se reflete na face de Cristo (…) em vasos de barro” (2Co 4,6s.). Ser peregrino significa viver em estado de conversão.
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