Os desafios atuais para a missão ad gentes. Em memória de R. Schreiter
de G. Custodio – R. Schreiter – 23/01/2023
Este artigo ajuda-nos a levar em conta a situação da missão ad gentes a partir deste terceiro milênio, as mudanças no mundo onde se realiza a missão, bem como nos agentes que levam adiante a missão. Neste mundo globalizado, é necessário encontrar formas adequadas aos tempos, onde se recupere a clareza da missão ad gentes da Igreja. Em seguida, transcrevo o artigo do autor Robert Schreiter que ajuda a esclarecer o panorama.
Algumas décadas se passaram desde o Concílio Vaticano II (1962-1965), onde a euforia da renovação da Igreja, em seus vários campos, parecia inaugurar novos tempos a longo prazo. No campo da missão surgiram novidades que abriram e iluminaram a caminhada para uma Igreja mais comprometida no campo da evangelização. No entanto, a partir do Sínodo de 1985, se lhe deu ao Concílio um giro na leitura dos documentos originais em um sentido diferente, entre os quais foi mudar o conceito fundamental de Povo de Deus, como experiência de circularidade, como participação sinodal e compromisso de todos os batizados para a missão, e volta a uma imagem piramidal. Uma das consequências derivadas disso foram as diferentes interpretações sobre o objetivo da missão (proclamação) e o modo de fazer missão (diálogo e inculturação) que foram se misturando, criando confusão na direção da missão para a Igreja posterior.