Quebrai todos os espelhos de casa

Em 21 de maio, Francisco enviou uma forte e ampla reflexão sobre a missão da Igreja no mundo em uma simples mensagem por ocasião da Assembléia Geral anual das Pontifícias Obras Missionárias. A pandemia tornou sua presença impossível e, assim, aproveitou a oportunidade para usar palavras que não podem ser domesticadas com uma retórica suave de conveniência. De fato, propõe uma análise muito dura, que provavelmente olha além dos destinatários diretos, combinada com um apelo desarmante à Igreja de se deixar moldar pelo encontro com Cristo e pelo poder vivificante e contagioso – portanto missionário – do Espírito: “Quando o trabalho atual e eficaz do Espírito Santo não é entendido e reconhecido na missão da Igreja, significa que mesmo as palavras da missão – até as mais exatas, até as mais pensadas – se tornaram ‘discursos da sabedoria humana’, usada a dar glória para si ou remover e mascarar os próprios desertos interiores.”

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