Travessiva: itinerário autobiográfico
de Paulo Suess – 04/05/2010
Fui batizado com água de Colônia, porque nasci naquela cidade. Depois de uma viagem ao Egito e ainda estudante de teologia na Universidade de Munique, com 25 anos de idade, já estava convencido de minha vocação missionária. No Cairo tinha visitado mesquitas e pirâmides. Dormi nos templos de Abu Simbel, já perto da fronteira com o Sudão. Subi a montanha sagrada de Moisés, o Monte Sinai. Quando voltei às planícies acadêmicas estava decidido ir às missões. Em casa não se rezava o terço, nem se lia a Bíblia, mas se frequentava, como todo mundo na aldeia, a missa dominical. Os heróis dos meus quinze anos eram Albert Schweitzer e Mahatma Gandhi, o médico e teólogo no hospital de Lambarene, na África, e o libertador pacífico da Índia, o Davi que venceu o Golias colonizador. Logo depois da minha ordenação sacerdotal, em 1964, alguém da cúria diocesana de Augsburg me telefonou. “Você queria ir às missões. Aqui está um bispo franciscano do Brasil que procura sacerdotes.” A comunicação foi um convite. Dois anos mais tarde cheguei em Juruti, PA, na Prelazia de Óbidos. Fomos três: Marta, a enfermeira, Pedro, o colega, e eu, Paulo.
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